Thursday, October 12, 2006

Sondagens de popularidade! (??)


“Entre 80 e 100 mil trabalhadores afectos à CGTP concentraram-se esta tarde junto à Assembleia da República, para exigir ao Governo novas políticas económicas e sociais. Segundo o secretário-geral da CGTP, Carvalho da Silva, quanto mais tempo o Governo retardar nas respostas aos protestos, mais os problemas se agravam.” SIC

“À porta do hotel, onde Sócrates irá apresentar a sua moção política de orientação nacional, cerca de 250 professores, com cartazes e braçadeiras negras, protestaram contra a política de Educação do Governo, e apuparam o primeiro-ministro, a quem chamaram "aldrabão" e "mentiroso".” SIC On Line

“A ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, enfrenta hoje o quarto grande protesto de professores, numa marcha nacional contra a revisão do estatuto da carreira, na qual são esperados, segundo os sindicatos, cerca de 15 mil docentes.” JN

“Os consumidores domésticos pagarão mais pela electricidade a partir de Janeiro de 2007. A factura pode ser agravada em mais de 15 por cento. Esta penalização é atribuída sobretudo ao aumento do preço dos combustíveis e aos sobrecustos das energias renováveis. A notícia é avançada hoje pelo Diário Económico.” SIC

A propósito do "comício" de hoje, dizia o líder da bancada Comunista que "ficarão desmentidas as sondagens de popularidade do primeiro-ministro e do Governo”, nada mais errado, com todos estes dados atrás só fica provado que o homem e o seu governo são mais populares do que se poderia imaginar! Cada vez mais gente os conhece e cada vez mais são abrangidos pelas suas medidas! Hoje foram 80 a 100 mil a curto prazo poderão ser 500 600 mil e quem sabe se não ultrapassarão o milhão!
Força Sócrates! Como se viu hoje no "comício" o povo está contigo!!!Era um "comício", não era? a atentar os resultados apresentados nas últimas sondagens de popularidade só pode ter sido isso…

Tuesday, October 03, 2006

Pensamentos!!

A sociedade (da qual naturalmente faço parte) decepciona-me cada vez mais.
É lógico e racional, todos procurarmos obter o lucro nas nossas actividades diárias, mas daí até fazer disso a causa mais importante da nossa vida, passando por cima de tudo e de todos, vai uma grande distância. As pessoas facilmente confundem as duas coisas.
Em conversas com amigos, daquelas que surgem após almoços ou jantares prolongados, reparo que para grande parte deles não incomoda se A ou B é prejudicado.
No caso concreto, debatemos há dias os já tão badalados temas do fecho de Escolas, Maternidades e Serviços de Urgência. Todos me fizeram, ou tentaram fazer ver, os custos que implica ter escolas abertas com meia dúzia de alunos, os custos que implica ter as maternidades abertas para efectuar um pequeno número de partos por ano (eles até sabiam a partir de quantos era rentável) e os custos de ter um serviço de urgência aberto toda a noite para atender um ou dois indivíduos!
Custos elevadíssimos segundo os dados por eles apresentados, não discordo minimamente, preocupa-me, quando chegar a hora, e infelizmente não será num futuro muito distante, em que se analisem os eventuais custos que são para a nação e para o animal do “défice” (que eu gostaria de conhecer pessoalmente para dar uns murros na tromba), os idosos, os deficientes os desempregados. Estes não é possível fechá-los como se fecham os serviços, que lhes será feito?
Como disse no início este modelo de sociedade decepciona-me e entristece-me, não foi isto que me ensinaram quando cresci! Ensinaram-me a ajudar o próximo e não a explorar o próximo. À Educação, à saúde e à Cultura, todos devíamos ter direito e não só aqueles que o governo, mediante determinados factores de medida economicistas acha que têm. Sim meus amigos, não duvidem que em aldeias perdidas do interior, onde os filhos ainda são necessários para ajudar os pais no dia a dia de trabalho e o professor era dos poucos contactos com o mundo, muitos miúdos continuarão a crescer sem terem acesso à educação necessária, porque è muito caro manter um professor com esses dois ou três alunos.
Nunca hei-de aceitar aquilo que me querem impor em todo o lado, para mim, um Ser Humano continuará a ser um Individuo com um nome e uma vida e não um número que produz números e consome números.