Monday, July 23, 2007

Quanto mais mal...mais satisfeito fico.


Passei hoje por um blog e ao analisar alguns comentários sobre o excesso ou não de funcionários públicos, veio-me à memória a justificação para o facto de o Eng.º Sócrates manter a sua popularidade em alta.
A história baseia-se na velha anedota do emigrante Português que trabalha na Alemanha na recolha do lixo, juntamente com um trabalhador alemão. Ao verem passar um tipo alemão “montando” num fantástico Audi A6, último modelo, comenta o Português: F… da P…, para teres esse carrão ando aqui eu a trabalhar no duro dia e noite, havias de perder tudo e vires para aqui trabalhar connosco para ver o que a vida custa! Pensa o alemão, “vou trabalhar o mais que puder e daqui a alguns anos conseguirei ter o que ele tem”.
Ora isto explica perfeitamente os resultados das sondagens de popularidade do governo. O Eng.º Sócrates, pessoa inteligente, sabe que país está a “governar” ao retirar as tão apregoadas “regalias” (que sinceramente ainda não percebi o que são, talvez sejam as melhores condições de vida que alguns foram conseguindo ao longo dos anos), sabe que vai ter muito Português a esfregar as mãos de contente porque o governo lixou este ou aquele. Quem de vós ainda não comentários do género “bem feito, aqueles gajos não faziam nenhum agora é que vão ver o que é trabalhar”? O governo sabe que vai ter os Médicos satisfeitos porque “lixou” os Professores, os Professores satisfeitos porque “lixou” os médicos, a restante sociedade satisfeita porque “tramou” a Função Publica, etc. Alguém terá sempre uma satisfação qualquer porque o Governo retirou alguma “regalia” que outro tinha e nós por qualquer motivo ainda não tínhamos atingido.
Com tudo isto pergunto, alguém já se interrogou o que de bom feito para o desenvolvimento da nossa sociedade ou será que só nos preocupamos em ver se os Funcionários Públicos ou quaisquer outro tipo de Funcionários ficam tanto ou pior que nós? É porque se assim for, só paramos quando estivermos todos no “fundinho” muito felizes, porque já não há ninguém melhor que nós e já ninguém tem qualquer tipo de “regalias” (privilégio que resulta de determinada actividade profissional).

Sunday, July 15, 2007

Money...Nós os Ricos


Dinheiro, o maior problema da nossa civilização. Rouba-se, mata-se, engana-se, rapta-se, e sei lá que mais por dinheiro. Ainda não nos apercebemos que há coisas muito mais importantes na vida, do que o dinheiro tais como a própria vida.
Entristece-me ver que por uma pequena divida qualquer (ou grande), alguém tire a vida a outro e ainda por cima confesse, como se isso fosse desculpa suficiente, que era essa a sua intenção porque foi ludibriado toda a vida. E a vida da pessoa que se foi? Isso não interessa? Haverá alguma solução para a vida que foi ceifada? Haveria alguma solução para rectificar aquilo de que o “assassino” se queixava? Talvez, mas desta forma nunca o iremos saber.
Em conversa com alguém aqui há dias, conhecido por ter boas aplicações financeiras nos bancos, dizia-me: “espero que as taxas de juro continuem a subir quanto mais melhor para ver se isto volta ao antigamente”. Na minha inocência, e defendendo os meus princípios de uma sociedade de igualdade, retorqui: “pois é amigo mas olhe que isso é uma chatice, porque as pessoas não vão ter capacidade para honrar os seus compromissos com os bancos e vão ficar sem as casas, os carros, etc.” ao que ele responde: “pois, mas isso mesmo é que era preciso, antigamente, antes do 25 de Abril, nós os ricos, éramos respeitados, tínhamos as casas, as terras, etc. e quem precisa-se pagava-nos aluguer, agora vieram com essa moda de que toda a gente tem que ter uma casa e um carro onde é que já viu isto? Isto devia voltar ao antigamente, eles perdiam as casas ou lá ou que fosse, nós comprávamos a bom preço e depois se quisessem alugavam-nas. O mundo é para quem tem dinheiro não é para esses pés rapados que se querem igualar a nós”





Viva o verdadeiro espírito capitalista!

Friday, July 13, 2007

O Bicho Papão


Voltei passado tanto tempo sem cá por os pezinhos, mas posso vos garantir que não fui censurado!
Passei cá hoje para colocar uma “colagem” de um texto que recebi no meu correio electrónico de alguém não identificado mas que retrata perfeitamente aquilo que me vai na alma!
Por isso Sr. 1º Ministro cumpra com os meus direitos que eu nunca lhe falhei com os meus deveres ainda que não concorde com eles ou que dêem cabo do meu défice familiar.
Então ai vai:
“Em cada 100 euros que o patrão paga pela minha força de trabalho, o Estado, emuito bem, tira-me 20 euros para o IRS e 11 euros para a Segurança Social. O meu patrão, por cada 100 euros que paga pela minha força de trabalho, é obrigado a dar ao Estado, e muito bem, mais 23,75 euros para a SegurançaSocial. E por cada 100 euros de riqueza que eu produzo, o Estado, e muito bem, retira ao meu patrão outros 33 euros. Cada vez que eu, no supermercado, gasto os 100 euros que o meu patrão pagou, o Estado, e muito bem, fica com 21 eurospara si.Em resumo:Quando ganho 100 euros, o Estado fica quase com 55. Quando gasto 100 euros, o Estado, no mínimo, cobra 21. Quando lucro 100 euros, o Estado enriquece 33.
Quando compro um carro, uma casa, herdo um quadro, registo os meus negócios ou peço uma certidão, o Estado, e muito bem, fica com quase metade das verbas envolvidas no caso.Eu pago e acho muito bem, portanto exijo: um sistema de ensino que garantacultura, civismo e futuro emprego para os meus filhos. Serviços de saúde exemplares. Um hospital bem equipado a menos de 20 km da minha casa, Estradas largas, sem buracos e bem sinalizadas em todo o país, Auto-estradas sem portagens. Pontes que não caiam. Tribunais com capacidade para decidir processos em menos de um ano. Uma maquina fiscal que cobre igualitariamente os impostos. Eu pago, e por isso quero ter, quando chegar, a reforma garantida e jardinspúblicos e espaços verdes bem tratados e seguros. Polícia eficiente e equipada. Os monumentos do meu país bem conservados e abertos ao publico, uma orquestra sinfónica. Filmes criados em Portugal. E, no mínimo, que não haja um Único caso de fome e miséria nesta terra. Na pior das hipóteses, cada 300 euros em circulação em Portugal garantem aoEstado 100 euros de receita. Portanto, Sr. Primeiro-ministro, governe-se com o dinheirinho que lhe dou porque eu quero e tenho direito a tudo isto. Um português contribuinte."