A sociedade (da qual naturalmente faço parte) decepciona-me cada vez mais.
É lógico e racional, todos procurarmos obter o lucro nas nossas actividades diárias, mas daí até fazer disso a causa mais importante da nossa vida, passando por cima de tudo e de todos, vai uma grande distância. As pessoas facilmente confundem as duas coisas.
Em conversas com amigos, daquelas que surgem após almoços ou jantares prolongados, reparo que para grande parte deles não incomoda se A ou B é prejudicado.
No caso concreto, debatemos há dias os já tão badalados temas do fecho de Escolas, Maternidades e Serviços de Urgência. Todos me fizeram, ou tentaram fazer ver, os custos que implica ter escolas abertas com meia dúzia de alunos, os custos que implica ter as maternidades abertas para efectuar um pequeno número de partos por ano (eles até sabiam a partir de quantos era rentável) e os custos de ter um serviço de urgência aberto toda a noite para atender um ou dois indivíduos!
Custos elevadíssimos segundo os dados por eles apresentados, não discordo minimamente, preocupa-me, quando chegar a hora, e infelizmente não será num futuro muito distante, em que se analisem os eventuais custos que são para a nação e para o animal do “défice” (que eu gostaria de conhecer pessoalmente para dar uns murros na tromba), os idosos, os deficientes os desempregados. Estes não é possível fechá-los como se fecham os serviços, que lhes será feito?
Como disse no início este modelo de sociedade decepciona-me e entristece-me, não foi isto que me ensinaram quando cresci! Ensinaram-me a ajudar o próximo e não a explorar o próximo. À Educação, à saúde e à Cultura, todos devíamos ter direito e não só aqueles que o governo, mediante determinados factores de medida economicistas acha que têm. Sim meus amigos, não duvidem que em aldeias perdidas do interior, onde os filhos ainda são necessários para ajudar os pais no dia a dia de trabalho e o professor era dos poucos contactos com o mundo, muitos miúdos continuarão a crescer sem terem acesso à educação necessária, porque è muito caro manter um professor com esses dois ou três alunos.
Nunca hei-de aceitar aquilo que me querem impor em todo o lado, para mim, um Ser Humano continuará a ser um Individuo com um nome e uma vida e não um número que produz números e consome números.
É lógico e racional, todos procurarmos obter o lucro nas nossas actividades diárias, mas daí até fazer disso a causa mais importante da nossa vida, passando por cima de tudo e de todos, vai uma grande distância. As pessoas facilmente confundem as duas coisas.
Em conversas com amigos, daquelas que surgem após almoços ou jantares prolongados, reparo que para grande parte deles não incomoda se A ou B é prejudicado.
No caso concreto, debatemos há dias os já tão badalados temas do fecho de Escolas, Maternidades e Serviços de Urgência. Todos me fizeram, ou tentaram fazer ver, os custos que implica ter escolas abertas com meia dúzia de alunos, os custos que implica ter as maternidades abertas para efectuar um pequeno número de partos por ano (eles até sabiam a partir de quantos era rentável) e os custos de ter um serviço de urgência aberto toda a noite para atender um ou dois indivíduos!
Custos elevadíssimos segundo os dados por eles apresentados, não discordo minimamente, preocupa-me, quando chegar a hora, e infelizmente não será num futuro muito distante, em que se analisem os eventuais custos que são para a nação e para o animal do “défice” (que eu gostaria de conhecer pessoalmente para dar uns murros na tromba), os idosos, os deficientes os desempregados. Estes não é possível fechá-los como se fecham os serviços, que lhes será feito?
Como disse no início este modelo de sociedade decepciona-me e entristece-me, não foi isto que me ensinaram quando cresci! Ensinaram-me a ajudar o próximo e não a explorar o próximo. À Educação, à saúde e à Cultura, todos devíamos ter direito e não só aqueles que o governo, mediante determinados factores de medida economicistas acha que têm. Sim meus amigos, não duvidem que em aldeias perdidas do interior, onde os filhos ainda são necessários para ajudar os pais no dia a dia de trabalho e o professor era dos poucos contactos com o mundo, muitos miúdos continuarão a crescer sem terem acesso à educação necessária, porque è muito caro manter um professor com esses dois ou três alunos.
Nunca hei-de aceitar aquilo que me querem impor em todo o lado, para mim, um Ser Humano continuará a ser um Individuo com um nome e uma vida e não um número que produz números e consome números.
9 comments:
Pois é meu amigo, sabes bem o que sempre defendi os valores, valores humanos, valores da soiedade, enfim, por outras palavras entendes quando eu te dizia que o economicamente correcto, por vezes saia caro..., mas esta mentalidade já vem de à uns anos a esta parte, alguem que hoje tem grandes responsabilidades na sociedade portuguesa, é de facto um dos grandes culpados, embora não seja só ele o culpado, é certo, mas em grande parte a culpa é dele, (sabes a quem me refiro) pois foi a cultura do economicamente correcto, que ele quiz implementar e, conseguiu,...
Um abraço, Já à muito que não falamos,...
Post bonito e onde ficou tudo dito.
Mai nada!!
...quem fala assim, não é gago
não Senhor.
Caro amigo, já sabes a minha opinião acerca deste tema (que já foi deveras discutido em finais de almoços e jantares), mas a mim também me preocupa o facto de a "sociedade" conforme nos foi explicada estar a acabar, mas não posso de deixar de me preocupar com o futuro uma vez que ao estarmos a "esbanjar" tanto dinheiro a factura para os nosso filhos poderá ser ainda mais elevada.
É certo que algumas medidas parecem ser descabitas e demasiadamente economicistas, mas se posermos de lado alguns conceitos politicos (que o animal que está à frente destas medidas pareça ser mais da direita do que da esquerda social)podemos ver algum fundamento nas mesmas. No caso das escolas, não te parece que os miúdos devam conviver com outras crianças, o que permite uma melhor socialização dos mesmos e consequentemente um melhor desenvolvimento?... Falas no caso dos Serviços de urgência que vão encerrar, mas não é verdade que vão abrir mais e em particular no interior, e permitir assim (utopicamente ou não) que os médicos que estavam à noite nesses serviços possam dedicar esse mesmo tempo às consultas diárias?... O caso das Maternidades nem vale a pena falar, porque eu se calhar fui um dos que contribui para o levantar dessa questão, uma vez que optei que a minha filha fosse nascer noutro distrito do que é o da minha residência, que tem melhor equipamento, e ainda por cima fica mais perto. Neste caso estamos a falar de uma vida (nesta altura sim já é uma vida) que tanta falta faz ao desenolvimento de Portugal.
Um abraço.
jony tu és o che guevarra da rede digital, faço desde já os seguintes comentarios:
1º- já que foste educado para ajudar o proximo olha sou teu vizinho e ando teso, vê-lá se desenrascas 500 euritos...
2º- ainda bem que a net não tem grande custos para o estado senão com a frequência dos teus posts (3 por ano) o teu blog tinha sido fechado e o people recambiado para um site mouro ou tripeiro...(os blogs do interior estando em vias de extinção).
3º- o viveiro das cidades do litoral é o interior e mais, não é por armarem-se em heroís ao "oferecerem" uma A25 à borlix quando a CEE já tinha mandado a guita há 1.5 decada que vamos esquecer que estão a dar um tiro no pé. (deixa-te de Tshirts mete camisa fuleira aos quadradinhos e junta-te comigo no BE...)
4º- os teus jantares com os teus amigos parecem os meus com a familia: política, economia, seca, e re-seca...(quanto vale é que são regados com o tipico vinho do Dão caseiro (de 13.5º ou mais!) que serve de anestesia para tanto piquanço)
5º- já chega de papaias para hoje...
Gostei particularmente da tua frase: «um Ser Humano continuará a ser um Individuo com um nome e uma vida e não um número que produz números e consome números».
Continuação de boa semana!!
Abraço.
pois é...tudo muito bonito isto da economia. Fecham-se escolas e tÊm-se mil e tantos prof. a ganhar sem miúdos pra ensinar...Isto dos miudos conviverem é bonito sim senhor mas por este caminho o interior desertifica e como em Espanha a política é algo diferente mais vale emigrar. Em Espanha podemos viver em aldeias e ter escolas com a mesma qualidade ou maior que nas cidades (o objectivo é fixar as pessoas). A educação e saúde não devería ser um negócio... o dinheiro que o nosso 1º ministro gasta em telemóvel sustentam a maioria das escolas que fecharam este ano lectivo que ainda agora começou, mas há mais muito mais....
Concordo contigo North, as pessoas mesmo poucas sao muitissimo mais importantes que a economia economica, mas ao mesmo tempo existe uma grande questao, aonde se vai buscar o dinheiro???
"dont walk on da grass" said:
" ...estão a dar um tiro no pé...
...jantar com os...política,economia,seca e re-seca...piquanço(ou será picanço?)
... papaias ..."
lol
(só eu sei porque me estou a rir)
Caro editor desses belos e necessários pensamentos que a humanidade eve absorver. Devemos para de ser instruidos em escala industrial. Acabar com o homem mecanico (Castanheda),dirigido por uma midia que iguala todos, como diz. Devemos engrossar uma contracorrente de desapego desses valores.Abçs
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